10/3 – Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo
O sedentarismo pode ser definido como falta, ausência ou diminuição de atividades físicas ou esportivas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera sedentários os adultos entre 18 e 60 anos, que não realizam atividade física de leve a moderada, por ao menos 150 minutos semanais, ou 30 minutos, cinco vezes por semana.
Indivíduos que se mantém muito tempo inativos, sem praticar exercícios físicos e, ainda, aqueles que apesar de realizarem algumas atividades durante o dia, como se locomover e trabalhar, não dediquem um período à prática de alguma modalidade esportiva ou treino em geral, são considerados sedentários.
O comportamento sedentário envolve atividades realizadas quando a pessoa está acordada, sentada, reclinada ou deitada e gastando pouca energia. Por exemplo: permanecer nessas posições para usar celular, computador, tablet, videogame e assistir à televisão ou à aula, realizar trabalhos manuais, jogar cartas ou jogos de mesa, dentro do carro, ônibus ou metrô.
De acordo com estimativas da OMS, até o ano de 2030, o sedentarismo pode levar 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas e obesidade, diabetes ou outras doenças não transmissíveis devido à falta de atividade física. A Organização relaciona, ainda, cinco milhões de mortes anuais à inatividade física.
No Brasil, cerca de 300 mil pessoas morrem por ano devido a doenças associadas ao sedentarismo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que quase metade dos brasileiros são sedentários. Segundo o levantamento, 47% da população não praticam atividades físicas.
A atividade física é importante para o pleno desenvolvimento humano e deve ser praticada em todas as fases da vida e em diversos momentos, como ao se deslocar de um lugar para outro, durante o trabalho ou estudo, ao realizar tarefas domésticas ou durante o tempo livre. Os exercícios físicos também são exemplos de atividades físicas, mas se diferenciam por serem atividades planejadas, estruturadas e repetitivas com o objetivo de melhorar ou manter as capacidades físicas e o peso adequado, além de serem prescritos por profissionais de educação física. Todo exercício físico é uma atividade física, mas nem toda atividade física é um exercício físico!
Quanto mais cedo a atividade física for incentivada e se tornar um hábito de vida, maiores os benefícios para a saúde, tais como:
– Controle do peso;
– Diminuição da chance de desenvolvimento de alguns tipos de cânceres (como mama, estômago e intestino);
– Diminuição da chance de desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, pressão alta e doenças do coração;
– Melhora da disposição;
– Melhora da qualidade de vida;
– Melhora do humor;
– Diminui os sintomas da asma;
– Diminui o uso de medicamentos em geral;
– Diminui o estresse e os sintomas de ansiedade e depressão;
– Melhora o sono;
– Promove prazer, relaxamento, divertimento e disposição;
– Contribui para a criação e o fortalecimento de laços sociais, vínculos e solidariedade;
– Resgata e mantém vivos diversos aspectos da cultura local.
A atividade física é um comportamento que envolve os movimentos voluntários do corpo, com gasto de energia acima do nível de repouso, promovendo interações sociais e com o ambiente, podendo acontecer no tempo livre, no deslocamento, no trabalho ou estudo e nas tarefas domésticas.
São exemplos de atividade física: caminhar, correr, pedalar, brincar, subir escadas, carregar objetos, dançar, limpar a casa, passear com animais de estimação, cultivar a terra, cuidar do quintal, praticar esportes, lutas, ginásticas, yoga, entre outros.
Prevenção do sedentarismo:
Para melhorar a saúde é preciso criar estratégias para diminuir e interromper o tempo excessivo em repouso.
Sempre que possível, reduzir o tempo em que permanecer sentado ou deitado assistindo à televisão ou usando o celular, computador, tablet ou videogame. Por exemplo, a cada uma hora, movimentar-se por pelo menos 5 minutos e aproveitar para mudar de posição e ficar em pé, ir ao banheiro, beber água e alongar o corpo. São pequenas atitudes que podem ajudar a diminuir o comportamento sedentário e melhorar a qualidade de vida.
Para diminuir o sedentarismo são necessárias, ainda, políticas públicas que incentivem a prática da atividade física a todas as camadas da população, mas também uma mudança de mentalidade por meio da educação de crianças e adolescentes que, quando adultos, deixarão de ser sedentários.
O setor saúde tem um importante papel na promoção da atividade física, mas é essencial o envolvimento de outras áreas para que o atual cenário brasileiro mude.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde publicou o “Guia de Atividade Física para a População Brasileira”. O documento procura subsidiar os profissionais e gestores do Sistema Único de Saúde e dos demais setores relacionados com a promoção da atividade física, convergindo esforços intersetoriais para o aumento dos níveis de atividade física dos brasileiros e a consequente redução do sedentarismo.
O Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo pretende conscientizar a população a respeito da relevância da prática de atividades físicas bem como mobilizar os profissionais de saúde no fortalecimento da mensagem de que combater o comportamento sedentário trará inúmeros benefícios à saúde.
Fontes:
Agência Pará
Assembleia Legislativa de Goiás
Hospital de Clínicas do Paraná
Instituto do Coração de São José do Rio Preto (SP)
Jornal da USP
Ministério da Saúde
Prefeitura de Nova Iguaçu (RJ)