27/3 – Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal


 

Celebrado em 27 de março, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal marca também a campanha ‘Março Azul’, mês de conscientização e alerta para a população brasileira sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de intestino.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), este é o terceiro tipo mais comum da doença no planeta, com 1,8 milhão casos ao ano. O mesmo ocorre no Brasil, onde este também é o terceiro tipo de tumor mais recorrente, atrás apenas dos cânceres de mama e de próstata.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa de novos casos em 2022, foi de 45.630, sendo 21.970 homens e 23.660 mulheres e o número de mortes: 21.262, sendo 10.662 homens e 10.598 mulheres (2021, Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).

 

O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam no intestino grosso, chamado cólon, e no reto (15-12cm finais do intestino, imediatamente antes do ânus). Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

É tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos.

 

Fatores de risco:

Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, inatividade física, excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade) e alimentação pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras.

O consumo de carnes processadas, comumente conhecidas como embutidos (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame, entre outras) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.

Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são: história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.

Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado.

A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, pode aumentar o risco para câncer de cólon. Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos.

 

Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer de intestino são:

– Sangue nas fezes;
– Alteração do hábito intestinal (diarreia e/ou prisão de ventre);
– Dor, cólica ou desconforto abdominal;
– Fraqueza e anemia;
– Perda de peso sem causa aparente;
– Alteração na forma das fezes (muito finas e compridas);
– Massa (tumoração) abdominal.

Esses sinais e sintomas são inespecíficos e podem estar presentes em doenças benignas como hemorroidas, verminoses, doenças inflamatórias intestinais, síndrome do cólon irritável, úlcera gástrica e outros. Mesmo que não sejam causados por câncer, é importante que sejam investigados por um médico para diagnóstico correto e tratamento específico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

 

Detecção precoce:

A detecção precoce do câncer é uma estratégia utilizada para encontrar uma lesão pré-cancerosa ou um tumor em fase inicial e possibilitar maior chance de tratamento bem-sucedido. A detecção e dá por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença.

 

Tratamento:

O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. A cirurgia é o principal meio, sendo utilizada no início do tratamento quando o tumor é do cólon, ou em sequência à radioterapia e quimioterapia nos tumores de reto baixo, e compreende a retirada da parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdome. Outras etapas do tratamento, como já referido, incluem a radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de retorno do tumor.

O tratamento depende, principalmente, do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.

 

Prevenção:

Assim como na maioria das doenças crônicas não-transmissíveis, a prevenção do câncer colorretal envolve a adoção de um estilo de vida saudável.

A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para sua prevenção.

Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal.

Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas, não fumar e não se expor ao tabagismo e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.

 

Fontes:

Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP)
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP)

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