“Tudo o que fazemos vem do coração”: 08/5 – Dia Internacional da Cruz Vermelha
O Dia Internacional da Cruz Vermelha é comemorado em 8 de maio, data que homenageia o nascimento de seu fundador, Henry Dunant, em 1828, na Suíça. Dunant foi um grande ícone do voluntariado mundial e recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1901. O objetivo da celebração é conscientizar sobre a importância da ajuda humanitária.
O conflito que incentivou Dunant a criar a instituição comunitária foi a Batalha de Solferino, na Itália, onde milhares de soldados foram feridos — evento que fez o filantropo abandonar a sua viagem de negócios para prestar atendimento às tropas. Esse foi o princípio de uma ação humanitária que logo se tornaria mundial.
Fundado em 8 de agosto de 1863, o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho atuam em guerras e emergências, como pandemias, inundações e terremotos. É formado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e por 189 Sociedades Nacionais.
No Brasil, a Cruz Vermelha surgiu em 1907 por intermédio do Dr. Joaquim de Oliveira Botelho, em parceria com diversos profissionais de saúde. A sede da Cruz Vermelha Brasileira (CVB) foi estabelecida em 1908, no Rio de Janeiro, tendo como primeiro presidente o Sanitarista Oswaldo Cruz.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi criado o grupo “Damas da Cruz Vermelha Brasileira”, composto por enfermeiras voluntárias da organização. Para dar maior visibilidade ao projeto, em março de 1916 foi fundada a Escola de Enfermeiras, que é administrada pela Sede da CVB no Rio de Janeiro.
Embora tenha surgido para atender zonas de guerra, suas ações acontecem em mais de 192 países, reunindo quase 15 milhões de voluntários atuando em uma rede de assistência humanitária que protege pessoas em condições de emergência, momentos de crise, desastres ou qualquer condição de vulnerabilidade.
Seu objetivo é garantir a proteção dos seres humanos independentemente de sua crença, classe social, nacionalidade, ideologia, religião ou qualquer outro enquadramento social — por isso é considerada uma organização que preza pela neutralidade.
As ações da Cruz Vermelha são realizadas por voluntários que seguem sete princípios fundamentais:
– Humanidade: ajudar todas as pessoas feridas, dentro e fora dos locais de guerra, a fim de minimizar o sofrimento humano, garantir respeito e promover a paz entre os povos.
– Imparcialidade: desconsiderar ideologias e nacionalidades ao prestar auxílio, que deve ser dado a todo e qualquer indivíduo da mesma forma e eficiência.
– Neutralidade: limitar a atuação somente à prestação de suporte médico e humanitário, não tomando parte ou opinião sobre qualquer aspecto dos fatos.
– Independência: conservar a autonomia da entidade diante das imposições e leis dos Estados, de modo a garantir sua independência governamental.
– Voluntariado: o trabalho exercido pelos membros da Cruz Vermelha deverá ser exclusivamente voluntário e desinteressado, ou seja, sem fins lucrativos.
– Unidade: a entidade não pode se dividir ou formar grupos incompatíveis entre si. Assim, cada país deve ter uma única sociedade associada à instituição.
– Universalidade: a Cruz Vermelha deve atuar em todo o mundo em igualdade, sem restrições territoriais ou opção por determinadas regiões.
A comemoração do Dia Internacional da Cruz Vermelha é um momento para comemorar o espírito humanitário e reconhecer os indivíduos que fazem a diferença em suas comunidades.
Com o tema “Tudo o que fazemos vem do coração”, a campanha de 2023 pretende celebrar as pessoas em suas comunidades, “a pessoa ao lado”, que muitas vezes é a primeira a se levantar e apoiar os necessitados ao seu redor.
Fontes:
Agência Brasil
Cruz Vermelha Brasileira
Hospital Israelita Albert Einstein
International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies (IFRC)