Saúde para todos: Transformando economias para entregar o que importa! Brasil debate relatório da OMS sobre financiamento de serviços de saúde
Como associar economia e saúde para tornar o serviço público mais acessível? Como fazer com que o financiamento em saúde seja mais eficaz e sustentável? Essas foram algumas questões levantadas no evento que debateu o relatório ‘Saúde para todos: Transformando economias para entregar o que importa’, no dia 27/7, no Ministério da Saúde. O documento foi produzido por Mariana Mazzucato, presidente do Conselho de Economia da Saúde para Todos da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com mulheres economistas ou que trabalham com políticas públicas em saúde.
Segundo a ministra Nísia Trindade, o documento é uma oportunidade de estudar maneiras para evitar a separação dos temas finanças e saúde, numa visão em que a economia tem de se dar pelos valores da sociedade e suas demandas. “Não se pode dissociar a economia, a produtividade e a inovação do acesso à saúde e da qualidade de vida. As ideias do relatório são importantes para todos os países. Mas quando pensamos no Brasil, vemos que estamos diante de uma série de paradoxos: um estado que tem capacidade de investimento numa sociedade extremamente desigual”, ressaltou a ministra.
O relatório oferece sugestões sobre o que pode ser feito na prática para implementar as mudanças necessárias para reorientar as medidas de valor econômico, o financiamento da saúde, a inovação e a qualificação do setor público a serviço de todos. Além das consequências da pandemia nos sistemas públicos, Mariana também aproveitou a apresentação para debater a ligação entre mudanças climáticas e crises sanitárias, terceirização excessiva de serviços públicos essenciais sem que haja uma parceria de qualidade com o setor privado.
Saúde para todos
‘Saúde para todos: Transformando economias para entregar o que importa’ tem base em pilares como a valorização do que é essencial, tratando saúde, bem-estar, profissionais de saúde e sistemas como um investimento de longo prazo, além da defesa de compromissos internacionais para uma economia regenerativa que liga o planeta e as pessoas. O documento também defende que a OMS seja adequadamente financiada e governada para desempenhar seu papel de coordenação global chave em saúde para todos.
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