“Garanta aos prematuros começos saudáveis para futuros brilhantes” : 17/11 – Dia Mundial da Prematuridade 2025

O Dia Mundial da Prematuridade, celebrado anualmente em 17 de novembro, foi lançado em 2008 pela Global Foundation for the Care of Newborn Infants (GFCNI) e um grupo de organizações europeias de pais.
A iniciativa rapidamente se tornou um movimento intercontinental e hoje milhares de indivíduos e organizações em mais de 100 países se unem por meio de eventos e outras ações de conscientização para destacar os desafios e o impacto do parto prematuro. É um importante lembrete da necessidade urgente de melhorar o atendimento aos bebês prematuros e o apoio às suas famílias em todo o mundo.
Obs.: Em 2025, a Assembleia Mundial da Saúde adicionou oficialmente o Dia Mundial da Prematuridade ao calendário internacional de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), reconhecendo sua importância fundamental para melhorar a sobrevivência e o bem-estar infantil.
Embora a campanha seja tradicionalmente celebrada em 17 de novembro, e continue sendo por muitos parceiros, a Organização designou 15 de novembro como nova data, a fim de dedicar um dia específico para focar nessa questão prioritária, sem sobreposição com outros Dias Mundiais já estabelecidos.
O foco principal deste ano é chamar a atenção para a importância de oferecer aos prematuros um início de vida com cuidado especializado, humanizado e contínuo, desde os primeiros momentos após o nascimento, passando pela internação na UTI neonatal, até o seguimento nos primeiros anos de vida. Esse cuidado precoce e qualificado é fundamental para garantir o pleno desenvolvimento do bebê, sua saúde na infância e também na vida adulta.
Cada intervenção feita na primeira infância tem potencial de impactar positivamente toda a vida de um bebê prematuro. Quando se oferece atenção integral, baseada em evidências e centrada na família, os prognósticos melhoram significativamente, reduzindo sequelas, internações futuras e ampliando as oportunidades de uma vida com mais qualidade.
A prematuridade atinge 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo: 1 em cada 10 bebês nasce prematuro. Sem cuidados eficazes, eles correm alto risco de desenvolver problemas de saúde potencialmente fatais, como insuficiência respiratória, infecções e hipotermia que, em conjunto, levam a centenas de milhares de mortes evitáveis a cada ano.
No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia ou a 6 prematuros a cada 10 minutos. Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus.
À medida em que essas crianças crescem, têm maior risco para problemas de aprendizagem e comportamentais, deficiências motoras, infecções respiratórias crônicas e doenças cardiovasculares ou diabetes, em comparação com bebês nascidos a termo.
Apesar do elevado número de nascimentos prematuros e dos riscos decorrentes, a maioria da população não está ciente de que muitas vezes é possível prevenir o parto prematuro e suas consequências para a saúde do bebê.
Bebês prematuros são aqueles que nascem antes de 37 semanas de gestação, cuja duração completa é entre 37 e 42 semanas, ou 9 meses. Quanto mais prematuro for o bebê, mais imaturos serão os seus órgãos e maior será o risco de complicações, especialmente entre aqueles nascidos antes de 34 semanas de gestação.
A dificuldade de cuidado do prematuro está, não só na fragilidade dos órgãos, mas principalmente do cérebro. O baixo peso, considerado abaixo de 1500g também é um fator que preocupa muito, pois é um grande desafio conseguir fazer uma recuperação nutricional ao longo das primeiras semanas de vida.
Porém, devido ao avanço da tecnologia e da assistência prestada nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, a sobrevida desses bebês tem aumentado muito nas últimas décadas.
O diagnóstico tardio da gravidez ou a identificação, também tardia, ou o tratamento inadequado de doenças que tragam prejuízos à saúde da mãe ou do feto, podem ser considerados como riscos para um nascimento antecipado.
O parto prematuro, dependendo do momento em que ocorre, pode ser uma situação de risco tanto para o bebê quanto para a gestante. As principais complicações na gestação que podem levar à prematuridade são:
– Infecções;
– Insuficiência istmocervical (abertura do colo do útero);
– Colo do útero curto;
– Partos prematuros anteriores;
– Rotura prematura da bolsa;
– Tabagismo;
– Miomas;
– Gravidez de múltiplos;
– Descolamento prematuro da placenta;
– Diabetes gestacional;
– Pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial na gravidez);
– Alterações clínicas na gestante ou no feto que necessitem de interrupção antes do tempo esperado.
A prevenção da prematuridade se inicia antes mesmo da gestação, com o planejamento familiar adequado, seguido do acompanhamento pré-natal, que busca assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e atividades educativas e preventivas.
Para a OMS, um bom começo não é apenas sobrevivência – trata-se de honrar a promessa de cada pequena vida. Trata-se de dar a esses bebês a chance não só de sobreviver, mas de prosperar e, um dia, transformar o mundo.
Fontes:
Associação Brasileira da Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros
Dr. Dráuzio Varella
Global Foundation for the Care of Newborn Infants (GFCNI)
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente / Instituto Fernandes Figueira
