Novo inquérito nacional fomenta debate sobre saúde da mulher
Dez anos após a divulgação do Nascer no Brasil I, a revista Cadernos de Saúde Pública (CSP), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), divulga os resultados do segundo inquérito nacional acerca da saúde da mulher e da criança. O Nascer no Brasil II: Pesquisa Nacional sobre Aborto, Parto e Nascimento avaliou a qualidade da assistência à saúde durante o pré-natal, parto, nascimento e puerpério. O Espaço Temático do Nascer no Brasil II já está disponível na íntegra no site de CSP.
A primeira edição do estudo foi um marco para o debate sobre saúde sexual e reprodutiva, discutindo aspectos como: mortalidade materna, assistência pré-natal, via de parto e intervenções sobre as parturientes. A retomada da pesquisa, portanto, é importante “para monitorar os resultados alcançados, permitindo um acompanhamento continuado desses indicadores”, como reforça a coordenadora-geral do estudo, Maria do Carmo Leal, no editorial de abril do periódico.
O novo estudo é abrangente e visa aprofundar o entendimento sobre os desafios enfrentados pelas mães, pais e bebês durante o período perinatal. Realizada entre 2021 e 2023, a pesquisa surge como uma continuação do Nascer no Brasil I, motivada pela alta incidência de gestações não desejadas e morbimortalidade materna associada ao aborto no país.
Composto por quatro artigos, o Espaço Temático contempla a mortalidade perinatal, morbidade materna grave e near miss materno, protocolo de investigação da saúde materna, paterna e da criança no pós-parto, Pesquisa Nacional sobre Aborto, Parto e Nascimento e itinerários de cuidado à saúde de mulheres em situações de abortamento. Assim como o primeiro inquérito, o Nascer no Brasil II tem o potencial de subsidiar o planejamento e melhoria do cuidado oferecido às mães, pais e bebês durante o período perinatal, contribuindo assim para a redução da morbimortalidade materna e perinatal no Brasil.
As publicações do Nascer no Brasil I e do novo inquérito reforçam o compromisso de CSP com os estudos acerca da saúde sexual e reprodutiva da mulher.
Fonte:
Clara Rosa Guimarães e Giulia Costa (Ensp/Fiocruz)/Agência Fiocruz de Notícias