Plano de enfrentamento à dengue é apresentado em reunião do Conselho Nacional de Saúde
Durante a 359ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), realizada em 9 de outubro, em Brasília, o Ministério da Saúde apresentou o Plano Nacional de Enfrentamento à Dengue e Outras Arboviroses, destacando a necessidade de colaboração entre estados, municípios e a sociedade civil. Segundo o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio, o plano terá como foco a redução de casos prováveis e óbitos, especialmente por meio de novas tecnologias e estratégias de prevenção.
“A meta é reduzir as mortes, pois é inadmissível que, com tratamentos simples como a hidratação, ainda estejamos perdendo vidas”, afirmou Venâncio. Ele ressaltou a importância de preparar a rede de saúde com antecedência e garantir o abastecimento de insumos necessários para o enfrentamento à doença.
O plano contempla 6 eixos principais: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial, preparação para emergências e comunicação com participação comunitária. Um dos destaques é o uso de tecnologias inovadoras, como a liberação de mosquitos machos estéreis para controle do Aedes aegypti, além do projeto de “estações disseminadoras”, que aplica a larvicida de forma eficiente em áreas periféricas de difícil acesso.
O secretário também alertou para o aumento da circulação do sorotipo 3 da dengue, especialmente no interior de Minas Gerais e São Paulo, reforçando a importância da vacinação e conscientização da população. “Estamos fazendo um apelo para que todas as famílias procurem as unidades de saúde e completem a vacinação”, disse.
Programa Infodengue
Com um investimento de R$ 1,5 bilhão, a pasta aposta no uso de novas ferramentas como o monitoramento por meio do programa “Infodengue”, que acompanha surtos com base no consumo de medicamentos. Além disso, o plano prevê a ampliação das tecnologias de controle em parceria com a Fiocruz, já em implementação em áreas como Niterói, Pernambuco, Santa Catarina e, em 2025, em cerca de 35 cidades.
A participação da sociedade também será fundamental. A campanha “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora” incentiva a verificação de possíveis focos do mosquito nas residências. O engajamento de agentes comunitários de saúde (ACSs) também será reforçado. “O controle da dengue não pode se limitar ao sistema de saúde. É uma questão que envolve diversas áreas do governo e a mobilização de todos os brasileiros”, concluiu o secretário.
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